Nota prévia: este texto, vai ser escrito sem preconceitos, tabus, censuras ou dogmas.
Citações introdutórias:
“Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água.” – Thomas Fuller
“O papel, o plástico e o vidro são recicláveis, o Planeta não!”
“A natureza grita por socorro, clamando por cuidado, e nós não escutamos. Estamos muito insensíveis, envolvidos em uma couraça tecnológica, que nos impede de ouvir seu pedido de socorro.” – Damião Maximino
Na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, foi desenvolvida ao longo dos dois últimos anos letivos (2020-2021 e 2021-2022) uma pesquisa profunda sobre os temas cruciais para o presente e futuro da humanidade, no sentido de fazermos o diagnóstico da situação e procurarmos alternativas para mitigar ou resolver mesmo os problemas que estão à vista de todos, no que concerne à preservação dos ecossistemas, da biosfera e da sustentabilidade de acordo com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), consignados em 2015 na Agenda 2030.
O diagnóstico e o prognóstico feitos, assentaram em bases da sabedoria popular e sobretudo, científica.
Urge “desplastificar” / despoluir as águas (à superfície e subterrâneas), despoluir os rios, mares e oceanos. Urge igualmente descontaminar o ar e muitos terrenos ácidos enriquecendo-os com os nutrientes necessários.
Teremos de reequacionar as nossas pegadas hídrica, carbónica e ecológica. Uma gestão mais eficiente das águas (talvez com a criação de outro tipo de reservatórios e de melhorar as redes de abastecimento de água) e dos recursos aquíferos, proceder à dessalinização da águas das águas dos mares e dos oceanos, com a criação de empresas especializadas na limpeza/despoluição dos grandes rios, mares e oceanos, fazer a transição energética para utilização maciça de energias limpas e renováveis, reforçar a vigilância dos químicos que existem em vários produtos que consumimos, planear, reflorestar e vigiar as florestas com mais eficácia e sustentabilidade, e manter tudo o que de bom já existe.
Antes da 2.ª Guerra Mundial (1939-1945), um agricultor alimentava cerca de 2 pessoas, hoje, produz para 1000, segundo o investigador Pedro Louro do INIAV, o que obrigou um modelo de produção intensiva que “trouxe problemas de poluição e destruição dos solos”.
Calcula-se que em 2050, existam no planeta Terra, cerca de 9,7 mil milhões de habitantes, segundo as previsões da ONU. Importa investir massivamente numa economia circular, porque como afirmou Sir David Attenborough: Quem acredita em crescimento infinito em um planeta fisicamente finito, ou é louco, ou é…”
Para além destes dados, sabemos que vivemos a pior seca e as maiores ondas de calor dos últimos 500 anos.
Face ao acima exposto, temos de estar (pre)ocupados em continuarmos a estudar e a implementar mudança de hábitos e alterações estruturais no nosso quotidiano. Para tal, é premente alterarmos paradigmas, a matriz energética e a pegada ecológica. A União Europeia e não só, terão de fazer maiores investimentos monetários em alternativas mais ecossutentáveis.
Compete também às Escolas, aos professores, aos alunos, aos encarregados de educação, às comunidades educativas, sensibilizarem cada um dos seus membros, para se apostar mais nas mudanças de hábitos e de consumos.
A caminho, invoco mais umas sábias frases do “grande” locutor, apresentador e naturalista britânico David Attenborough que afirmou:
“O que realmente me convenceu foram os gráficos que relacionam o aumento de CO2 no meio ambiente e o aumento da temperatura com o crescimento da população humana e a industrialização”, escreveu Attenborough em um artigo de 2005 para o jornal britânico The Independent.
“Cada respiração nossa, cada garfada de comida que comemos, vem do mundo natural em última instância e, se o danificarmos, prejudicamos a nós mesmos.”
“O que fazemos agora e nos anos seguintes afetará profundamente os próximos milhares de anos”, acrescentou.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-54389143
Para consolidar as afirmações atrás mencionadas, cito já de seguida o que Céline Cousteou – neta de Jacques Yves-Costeou que falou ao Diário de Notícias, da difícil relação dos humanos com a natureza e do seu legado familiar. Vide DN de 06/06/2022, e ainda, “Precisamos de agir sobre as mudanças climáticas, reformar a forma como cultivamos e diminuir a nossa dependência de pesticidas. Mas, a primeira coisa a fazer é deixar que a selva invada um pouco as nossas vidas” afirma Oliver Milman, no livro “A Crise dos Insetos”, da Bertrand Editora. Os insetos desempenham um papel crucial na polinização e a sua falta ou declínio afeta a vida de cada um de nós!
A propósito, a Sr.ª Doutora Inês F. Alves, questiona-nos: “Imagine um mundo sem mel, maçãs ou batatas. Agora já podemos uma boa razão para falar de abelhas.”
Como as sirenes e as campainhas há muito que estão a “apitar”, relacionadas com as alterações climáticas (ondas de calor extrema e secas prolongadas), os incêndios, a extinção de espécies, a poluição do ar, das águas e dos terrenos, a redução dos habitats das várias espécies e os degelos, urge prestar muita atenção para as palavras do Sr. Professor Catedrático Viriato Soromenho-Marques que afirmou, “as alterações climáticas e a poluição não conhecem ditaduras ou democracias”! (citação de memória).
A concluir, quero expressar os meus mais sinceros agradecimentos aos meus alunos que materializaram em ilustrações, poster e cartazes, aquilo que falamos e vimos nas aulas e ao que investigaram. Os agradecimentos também são extensivos aos seus encarregados de educação, pais, à anterior e atual Direção do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, por permitirem dar visibilidade à nossa prática pedagógica e aos nossos trabalhos.
Obrigado a todos!
O professor de Cidadania e Desenvolvimento: Jorge Manuel C. dos Santos
P.S.: Parceria CTT – AEMN
Consulte aqui a nota da secção de filatelia dos CTT sobre este projeto.
Consulte aqui a publicação deste projeto na página do facebook dos CTT.
Nos próximos quinze dias, serão publicados os trabalhos vencedores e os nomes dos respetivos autores, mais os prémios atribuídos, pelos CTT.